Aparentemente, vivemos na era de ouro da web, liderada por serviços de internet e e-commerce. Consideremos as estatísticas: o Facebook já conta com mais de 600 milhões de usuários; o Twitter gerou mais de 25 bilhões de tweets ano passado. Estamos presenciando uma geração de consumidores virtuais em crescimento em uma taxa sem precedentes em termos de adoção por parte dos internautas e de produção de receita.
Mas, o que muitos não sabem é que as mulheres da internet são as mais envolventes, de crescimento mais rápido e são os consumidores mais valiosos nos meios cibernétivos e das companhias de comércio eletrônico. Quando se trata de “social” e “compras”, as mulheres dominam a web, de acordo com artigo Aileen Lee.
Consideremos mais alguns dados. Todos os estudos das empresas Comscore, Nielsen, MediaMetrix e Quantcast demonstram que as mulheres são a força motriz da tendência mais importantes da internet da década – as redes sociais. A ComScore, por exemplo, diz que as mulheres são a maioria dos usuários de sites de redes sociais e gastam 30% a mais de tempo nestes locais do que os homens. E, de acordo com a Nielsen, 55% do uso das redes sociais via mobile é do sexo feminino.
No e-commerce, o poder aquisitivo do sexo feminino é igualmente significativo. Sites como Zappos, Groupon, Gilt Groupe, Etsy e Diapers são liderados por uma maioria de clientes mulheres. De acordo com o Gilt Groupe, elas são 70% da base de clientes e movimentam 74% da receita. Além disso, 77% dos clientes Groupon são do sexo feminino, de acordo com o próprio site.
As mulheres também consomem mais no site Chegg, que oferece aluguel de livros para vários campi universitários nos EUA. Apesar de a diferença percentual entre homens e mulheres que frequentam as faculdades americanas ser quase nula, as alunas representam 65% dos estudantes que alugam os livros. O motivo, especula-se, é que a locação demamda um pouco mais de planejamento e as mulheres estão mais inclinadas a programar suas atividades do que os homens.
A realidade é que já há uma nova e estimulante cultura de empresas de e-commerce que se valem do poder dos consumidores do sexo feminino. One Kings Lane, Plum District, Stella & Dot, Rent the Runway, Modcloth, BirchBox,Shoedazzle, Zazzle, Callaway Digital Arts e Shopkick são alguns exemplos de companhias que alavancam o “girl power”. A maioria destas empresas também foi fundada por mulheres, o que também é uma tendência. Aliás, a maior parte dos usuários das gigantes Facebook, Zynga, Groupon e Twitter é do sexo feminino.
Sheryl Sandberg, COO (Chief Operating Officer) do Facebook, declarou que as mulheres são responsáveis por 62% das atividades do site em termos de mensagens, updates e comentários. Sandberg também comentou que elas desempenharam um papel chave no início do FB, ao abraçarem as atividades principais da rede em um percentual bem mais alto do que os usuários do sexo masculino: escrever nos murais, adicionar fotos e se tornar parte de algum grupo. Com o Twitter não é diferente: as mulheres seguem mais pessoas, tuitam mais e são mais seguidas do que os homens, ou seja, são mais participativas.
De acordo com a análise do especialista Brian Solis, as mulheres também são maioria nos seguintes sites (além dos já citados): Deli.ci.ous, Docstoc, Flickr, MySpace, Ning, Upcoming.org, uStream, Classmates.com, Bebo e Yelp. Talvez nenhum desses fatos seja surpresa, pois os estudos antropológicos demonstram que as mulheres são mais sociáveis, mais interessadas em relacionamentos e conexões, além de serem multi-tarefas por excelência. Este tipo de informação é bastante útil quando se quer desenvolver e alimentar uma rede social.
Quanto mais usuários do sexo feminino sua empresa consegue arrebanhar, mais rapidamente ela crescerá. Outra forma de se aproveitar os resultados destas pesquisas é analisar seu produto, seu marketing e sua base de clientes. Dependendo das respostas obtidas, talvez fosse benéfico para a companhia se investisse mais em clientes do sexo feminino. Se assim for, o que deveria ser feito para tornar a sua marca /serviço/produto mais atraente para as suas consumidoras? São temas que precisam ser abordados.
Outra questão imprtante: dê uma olhada em sua equipe. Sua companhia tem mulheres em posições-chave? Caso esteja pensando na segmentação de clientes do sexo feminino, é improvável que obtenha êxito se não houver mulheres de personalidade em seu time.
Mulheres são verdadeiras bússolas e amplificadores das redes sociais. Também são o combustível do comércio eletrônico. Se você descobrir como aproveitar o poder dos clientes do sexo feminino, você pode sacudir o mundo virtual.
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