Hoje em dia, é difícil achar alguém que não tenha ouvido falar dos sites de compras coletivas. No Brasil, já são mais de 8 milhões de cadastrados e até o final do ano estima-se que esse número chegará na casa dos 20 milhões. É umfenômeno que vem mudando a forma de comprar e vender pela internet.

As compras coletivas caíram no gosto tanto dos consumidores quanto dos anunciantes. Mas esse sucesso não se deve apenas aos descontos e grandes volumes de vendas; as vantagens para os dois lados superam o aspecto comercial.

Para o comprador, além dos bons preços, há a praticidade de comprar no conforto de casa, marcar um horário para usufruir do bem/serviço adquirido e ainda viver novas experiências, conhecendo serviços e bens que não estava disposto a pagar ou simplesmente desconhecia. O vendedor – especialmente o pequeno e médio –, também tem vantagens além das vendas, pois os sites de compra coletivas acabam sendo uma excelente mídia para divulgar sua marca e atrair novos clientes.

Por essas razões que o número de sites de compras coletivas dispararam. De acordo com reportagem da revista Veja, existem atualmente no Brasil cerca de 400 empresas de compras coletivas atuando em 65 cidades.

Apesar do boom, nem tudo são flores. Como se trata de algo muito novo, o modelo de negócio ainda não está maduro, o que tem gerado críticas tanto de compradores – que reclamam da qualidade dos serviços prestados – quanto de anunciantes, que têm apurado os resultados das promoções e concluindo que não são rentáveis, deixando de investir no modelo.

Um modelo de negócios novo, com uma ampla oferta de novas opções, demonstra claramente como esse mercado irá amadurecer. Os pequenos players deixarão de existir, seja por problemas próprios ou por serem adquiridos pelos players maiores (as 4 maiores empresas de compra coletiva no Brasil detêm 80% do mercado). Outra opção é passarem a atuar em nichos, atendendo determinadas categorias de serviço ou produto. Do lado dos anunciantes, haverá cada vez mais cuidado e preparo antes de se realizar uma promoção, especialmente em serviços, no qual muitos clientes têm reclamado da falta de preparo dos estabelecimentos para atender à demanda. Como exemplo desse despreparo, figura o caso de um restaurante japonês que atendeu aos clientes da promoção servindo-lhes uma porção reduzida do prato original. Quanto aos consumidores, com os relatos eexperiências crescendo, a avaliação de qualidade dos sites e anunciantes fica mais clara e, dessa forma, mais fácil avaliar a compra.

Por enquanto, tanto consumidores quanto anunciantes, precisam estar atentos para não se frustrarem e usufruírem o melhor das compras coletivas e por isso aPolvora! relacionou algumas dicas para ajudá-los:

Para comprarPara anunciar
  • Se não conhecer a empresa que está vendendo, verifique o que falam dela, especialmente nas redes sociais e no Reclame Aqui
  • Avise e treine os funcionários sobre a promoção, para evitar constrangimentos no atendimento
  • Atenção às letrinhas pequenas; sempre leia sobre condições do desconto, como dias exclusivos para uso, ou tarifas não inclusas
  • Não discrimine os “cuponistas”; sirva a eles o mesmo benefício que teriam com o preço cheio, foi isso que eles compraram
  • Leve em consideração a distância do estabelecimento de sua casa ou trabalho, para evitar depois preguiça de ir ao estabelecimento e perder o benefício; alguns sites já separam ofertas por bairros
  • Cative o cliente para que ele tenha desejo de voltar – e pagar o preço cheio